25.10.10

A escolha da razão versus a escolha da emoção

Ilustração para a Folha de São Paulo. Artigo sobre as similaridades entre os dois programas de governo a serem escolhidos nestas eleições.



21.10.10

Wes Montgomery

Um talento excepcional, genial. Uma atitude totalmente cool e sem afetações.
Wes Montgomery é autodidata e começou a tocar guitarra dedilhando sozinho aos 19 anos de idade.

15.10.10

Assunto aleatório e desinteressante
























Caros amigos,

Eu estava convicto de que meu voto era um anti-voto. Não era orientado pelas qualidados de um candidato, mas pela total rejeição ao outro. 

Recebi e continuo recebendo diariamente e-mails eleitorais de todo tipo, principalmente uma guerra digital anti-Dilma, em geral petardos enviados por gente que sempre teve uma orientação política diferente da minha.

Votei no Lula todas as vezes. Lembro-me que, logo depois do mensalão vieram as eleições e eu disse a mim mesmo: "se eu votar nesse cara de novo troco meu nome". Fui lá e apertei Lula. Não troquei de nome.

Na Dilma eu não voto. É pessoal, é uma rejeição ao Zé Dirceu, ao PMDB, à política que se faz em coligações de chiqueiro, que coloca no cabresto os miseráveis com bolsa-disso-e-daquilo, é a politica das conversas em mesas de pôquer regadas a uísque Logan, é a política que cabe na frase do Lula: "Se Jesus voltasse à Terra buscaria manter boas relações até com Judas Iscariotes" (ou algo assim). É a política que, me parece, todos os partidos fazem.

Eu até acreditava que o PV era diferente, mas depois que o Gabeira se coligou com o DEM do Cesar Maia, perdi as esperanças. Acho o imperador César um fanfarrão que joga para os holofotes.

Este ano votei na Marina, no Minc e no Alessandro Molon (dois deputados petistas). Anulei o voto para senador (deu o evangélico Crivella e o, o... carapintada de bosta Lindbergh). Um parênteses: Lindbergh e seus asseclas saquearam Nova Iguaçu, cidade onde meu pai presidiu o Plano Estratégico, um projeto parceria com Barcelona e Curitiba, e que resultou num livro que, em teoria, seria o mapa para futuros administradores conduzirem a cidade à plenitude do seu potencial. O PT em Nova Iguaçu jogou no lixo todo o trabalho do Plano Estratégico.

Mas voltando aos meus candidatos no primeiro turno, lembro que meu tio, velha águia aposentada da política (fundou o MDB com Ulisses Guimarães, partido que na década de 70 combatia a Arena) até elogiou minhas escolhas. No fundo mesmo, tenho quase certeza de que a Marina e o PV não teriam quadros técnicos para preencher os cargos importantes do governo. Acreditava bastante na capacidade empresarial do vice dela, o presidente da Natura. Notem: foi um voto insólito, onde a esperança do eleitor foi depositada na figura do vice.

Chegaram há poucos dias novas informações que comparam o governo FHC e o do PT. Pensei comigo, "que merda o que FHC fez com as universidades, que omisso...não construiu hidrelétrica alguma, estradas...Será que fecharam as torneiras porque estavam cuidando de zerar as dívidas, buscando estabilizar o Real?". Claro que não, pois, sabemos, as dívidas aumentaram. Será verdade ou mentira que a estabilização da economia (tão alardeada como conquista do PT) é uma herança da política econômica do FHC?

A esta altura, separar a verdade da calúnia é como separar água doce da água salgada. Resta-nos uma meia-verdade com gosto de água salobra.

Então veio a entrevista do Ciro Gomes no programa Jogo do Poder, que vi recentemente no You Tube. Aquilo me cutucou. Ali ele fala que até o Maluf, um sujeito cuja biografia é um prontuário policial, fez mais coisas que o FHC. Ciro lembrou que o Serra ficou ali no governo FHC por 8 anos... Vejam bem, Ciro Gomes e Maluf não são propriamente políticos que contam com minha admiração, mas os fatos listados são inquestionáveis, pois saíram nos grandes jornais.

Leram a última frase? Percebem a importância do que se publica nos jornais? Se estivesse publicado num blog, seria algo passível de questionamento. Mas num jornal, tinta no papel, ah, de jeito nenhum. Notem que isso só ilustra a responsabilidade dos jornais no Brasil (e muitos deles estão vendidos a um ou outro lado da disputa).

Chegamos então no momento em que a escolha do candidato é novamente pautada pela máxima "votar em quem rouba MAS faz". Isso porque TODOS vão roubar. Lamentavelmente é um fato no Brasil.

Vou anular meu voto ou mudar de nome. Mas sei que tanto uma opção quanto a outra não farão a menor diferença nessa democraciazinha brasileira.

(aviso: este blog voltará à sua programação normal após esta postagem)

11.10.10

Marina e o PT

Ilustração para a Folha de São Paulo. Artigo do ministro da educação, Juca Ferreira.