29.7.10

Conversa Ilustrada


A Conversa Ilustrada é o "encontro de sinapses" que realizo regularmente visando a integração entre profissionais de ilustração, estudantes, designers e público aficcionado de artes visuais em geral.

Funciona assim:

Um artista gráfico profissional abre seu portfolio, apresenta originais e faz comentários sobre o processo de cada trabalho, seu conceito, leituras ou interpretações. Ele fala também da sua formação, de técnicas e responde às perguntas dos participantes.

Sempre um encontro intimista e informal, a "Conversa Ilustrada", traz uma proposta de pequeno formato e que, permite um máximo de trocas de informações e experiências com seus artistas convidados. 

A "Conversa Ilustrada" já trouxe como convidados Rico Lins (http://www.ricolins.com/) Mariana Newlands (http://www.interludio.net/), Walter Vasconcelos (http://www.drawger.com/vasconcelos/), Rui de Oliveira (www.ruideoliveira.com.br), André Dahmer (http://www.malvados.com.br/) , Mário Bag (http://mariobag.blogspot.com/), dentre outros.

Para participar dos encontros, é necessário confirmar presença por e-mail.
São apenas 20 vagas, a serem preenchidas pela ordem de chegada dos e-mails. Escreva para  workshops@alarcao.com.br
Ingresso: 20 reais (a caixa do evento é inteiramente revertida ao artista)


PROXIMO CONVIDADO:

A próxima Conversa Ilustrada será na quinta-feira 5 de Agosto terá como convidado o designer Yomar Augusto que vai falar de seus trabalhos em design, tipografia e cadernices.

 

O local é  Jaime Portas Vilaseca Galeria. Av. Ataulfo de Paiva, 1.079, subsolo 109

A Conversa Ilustrada agora tem o apoio luxuoso da Addict 

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Sobre o designer Yomar Augusto:

Yomar nasceu em Brasília, mas cresceu no Rio de Janeiro, onde se formou em design após um curto período em Nova Iorque onde também estudou fotografia da School of Visual Arts.  Mudou-se para a Holanda para cursar um Mestrado em desenho tipográfico pela Academia Real de Arte de Haia. Atualmente continua morando e trabalhando em Roterdam e desenvolvendo workshops em diversas escolas de arte no mundo, como China, Rússia, Dinamarca, Espanha e Bélgica. 

Seu projeto mais conhecido, em parte devido à Copa do Mundo de Futebol, é a tipografia UNITY, que está na bola Jabulani e em todos os uniformes de futebol oficiais da marca Adidas.

27.7.10

Diário Gráfico, a oficina criativa começa em Agosto

A oficina criativa do Diário Gráfico começa na primeira semana de Agosto no Rio de Janeiro. 
Serão 2 turmas: manhã (das 10 às 13h) e tardes (das 14 às 17h). Apenas 8 vagas por grupo.


Tenho promovido a oficina do Diário Gráfico há vários anos e os resultados têm sido muito felizes. Por instilar nos participantes um estado de espírito mais propenso à criar, sem tempo para os diálogos internos castradores, vejo uma evolução qualitativa da produção e principalmente na atitude diante da página em branco: antes uma muralha, depois uma avenida de possibilidades.

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Diário Gráfico (com www.renatoalarcao.com.br)
“Uma oficina de criatividade que usa o livro como suporte. Teoria e prática intensivas”
1 aula teórica na sexta (19:30h) + 4 práticas aos sábados das 10:00 às 13:00h, ou das 14 às 17h. Grupo de até 8 participantes. 
Investimento: R$ 440,00 à vista ou em 2X de R$240,00
Materiais básicos fornecidos. 
Participantes irão criar sobre 3 biblio-suportes. 
Na aula final aprenderão a confeccionar um caderno em estrutura “códex” com o seu material produzido em aula.
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Criatividade, técnicas, embasamento teórico, incentivo à expressão prática pessoal (e diversão!)  são os principais focos dos nossos cursos de artes visuais.

20.7.10

O orgasmo delas

Página dupla na revista científica "Ciência Hoje". Uma abordagem sobre uma das questões mais misteriosas envolvendo o universo feminino: o orgasmo.

4.7.10

O que é feio e o que é bonito é só uma questão de costume











Há uns meses atrás assisti ao filme Helvetica. Não vou me alongar em elogios mas apenas deixar um breve comentário antes de seguir adiante: é um filme fundamental.

Em dado momento ao assisti-lo, chamou-me bastante atenção o depoimento de um jovem designer holandês, que disse algo mais ou menos assim: 

"...desde pequenos estamos tão envolvidos pelo universo do bom design, desde a capa do catálogo telefônico, passando pelos meus livros escolares, os selos, os mapas urbanos... a maioria deles criados pelo Wim Crouwel... então crescemos com este olhar. A presença do bom design é algo tão natural em nossas vidas..."

Isso me fez refletir sobre este olhar que construímos e desenvolvemos desde pequenos. Ele acostuma-se com a paisagem, absorve-a de tal forma que faz dela parte de nossa própria identidade.

Da mesma forma, nos acostumamos também ao que é feio, à abundante feiúra que nos cerca. Ela está onipresente desde o nosso primeiro minuto.

Fiz um teste outro dia. Falei para minha mulher: "repare só os fios dos postes. Note como atravessam por cima de nossas cabeças, veja como são caóticas as conexões quando saem dos transformadores e distribuem-se para os prédios comerciais. Note a feiúra e desorganização em toda parte..."

Fiquei em silêncio dirigindo o carro e, um minuto depois, veio o comentário:

"Noooossa, eu nunca havia reparado nisso! Quero dizer, eu sabia que eles estavam ali e que eram feios, mas nunca havia refletido como poderia ser a ausência deles, coisa que fiz agora".

Quem viaja a países do chamado primeiro mundo nota de cara a ausência destes postes e fios elétricos. Percebe que o ambiente é mais organizado e limpo, o calçamento das ruas é uniforme, os meio-fios padronizados, as calcadas lisas. E então imagina que tudo seja assim apenas "porque se está no primeiro mundo". 

A falta de ruído visual dá essa percepção de limpeza, e os indivíduos mais desatentos notam isso de maneira subconsciente, sem saber exatamente o que há de diferente. 

Vivi fora do Brasil por quase 4 anos. Na volta, logo na primeira semana, tive um baque. Havia perdido até o "timing" para atravessar a rua e temi ser atropelado. Lembro que o primeiro ônibus que peguei era novinho, e, apesar disso, era também incrivelmente feio por dentro. Havia excesso de elementos: tubos de alumínio fazendo curvas quase barrocas, estampas ridículas nos estofados, conexões e penduricalhos desnecessários... Os motoristas permaneciam os mesmos incivilizados, acelerando em direção ao sinal fechado, logo ali 100 metros à frente.

Aqui no Brasil crescemos e vamos nos acostumando à feiúra que nos cerca. Ela está presente no traçado mal feito das cidades, nas calçadas esburacadas, nos aparelhos de ginástica das praças (os de niterói parecem ter sido importados do Sudão), nos letreiros de lojas, nos banners publicitários, na arquitetura medíocre (que infelizmente vai ficar de pé por décadas), nas tosquíssimas soluções urbanas (pontos de ônibus, brinquedos e bancos de praças). A feiúra está até nas coisas que acabaram de ficar prontas!

Não estou falando das exceções, mas da maioria das coisas.

Um amigo certa vez disse uma frase que, para mim, resume este país:

"O Brasil é o país do provisório definitivo."

Existe aqui uma vocação natural para o tosco e a feiúra. Acho que é assim porque crescemos acostumados à isso.

E nesse contexto, o designer brasileiro é, sobretudo, um forte.

Mitologia

Do livro "As Mulheres da Casa de Tróia".

Esta é a cena em que Hécabe, mulher de Príamo, rei de Tróia, transforma-se em uma cadela negra e foge da embarcação que a levava cativa.

Analista

Do livro infantil "O Casamento da Viúva Negra".

2.7.10

Calaram-se as vuvuzelas

Calaram-se as vuvuzelas. O orgulho canarinho volta amarrotado para o fundo da gaveta. Patriotas da pátria de chuteiras, acordemos para a vida que segue! Mas antes disso, saboreemos o fel da derrota. Que sejam destilados litros e litros de bile esverdeada contra o Dunga, contra aquele pobre rapaz que foi expulso do jogo (nem sei o nome dele...). Falemos mal do Galvão, do Mick Jagger (que nos secou...). Hora de sobrecarregar o Twitter com comentários importantes e relevantes. Inventemos um novo CALABOCA, talvez CALABOCABRASIL. E que sejam proferidas as explicações, as teorias e elocubrações mais contundentes e irrefutáveis para o que poderia ter sido feito, o-que-teria-acontecido-se, e sobre como deveríamos ter atuado para não perder de 2 a 1 para a Holanda. 

Nossa orgia futebolística perdeu mais uma oportunidade de mudar a rotação da Terra. Perdemos, mas ainda temos algo muito importante pelo qual torcer: a derrota da Argentina!  Todas as forças psíquicas juntas, agora, fooooorça ALEMANHA!!!!!

Nestes primeiros minutos de nossas vidas pós-copa de 2010, compartilho uma historinha leve sobre futebol. Texto do Scliar e desenho meu.